quinta-feira, 29 de março de 2018

Uma smallcap para surfar a alavancagem operacional



A CSU é a maior companhia independente do Brasil especializada na gestão e processamento de meios eletrônicos de pagamento, tanto para emissores de cartão como também para adquirentes. Seus clientes são, basicamente, bancos, financeiras, seguradoras e varejistas, totalizando uma carteira de 26 milhões de cartões de crédito e cartões híbridos.


O desempenho da Companhia em todos os segmentos de atuação, associado à escala das operações e sinergia existente entre as unidades de negócio, possibilita à CSU capacidade de desenvolver serviços e soluções inovadores e com a melhor relação custo-benefício em seu nicho de mercado.


O cliente conta com uma solução integrada em termos de sistemas, tecnologia e operação, cobrindo 100% do ciclo do negócio, que passa desde a aprovação do crédito, passando por sistemas, processamento, intercâmbio, prevenção a fraude até a cobrança.



Para ajudar a entender melhor o modelo de negócios da companhia, podemos dividi-la em duas grandes unidades:

  • A CSU.CardSystem é a unidade que engloba as Divisões de Negócios responsáveis pelo (1) processamento e administração dos meios eletrônicos de pagamento, (2) soluções de marketing de relacionamento, e (3) fidelidade e e-commerce, e terceirização de TI.



  • A CSU.Contact é a unidade especializada na prestação de serviços de tele atendimento, help desk, cobrança, back office, televendas, engajamento e relacionamento com o cliente, através de posições de atendimento humano ou canais digitais.

 A primeira unidade embora represente somente pouco mais da metade da receita, é responsável por 94% do Ebitda da companhia. Embora essa discrepância de números pareça indicar um caminho lógico para alienação da segunda unidade, a complementaridade entre ambas é importante na atração e retenção de determinados clientes do outro setor, de maior valor agregado.


Governança


A CSU é controlada desde sua criação em 1992 por seu fundador e presidente, Marcos Ribeiro Leite, que atualmente detém 59% do capital social. Antes da CSU Leite foi vice-presidente da Credicard. Desde 2006, quando abriu seu capital social na Bolsa, as ações da Companhia estão listadas no Novo Mercado.




Empresa geradora de caixa


A maturação dos investimentos realizados nos últimos anos pode ser claramente percebida no fluxo de caixa livre da companhia. Em 2017, a despeito de um Capex 32,5% menor do volume de 2016, a companhia entregou um crescimento na sua geração operacional. Como resultado deste desempenho observamos consistente redução do endividamento líquido da companhia e aumento no payout de25% para 40% sobre o lucro líquido do exercício. Esperamos que esse cenário de crescimento e dividendos seja mantido ao longo dos próximos anos.



A baixa liquidez e a dinâmica mal compreendida de entrada e saídas de clientes são, na minha visão, os motivos que tem impedido uma precificação mais correta de CARD3. Negociada na casa dos 7x EV/Ebit com um ROIC de 22%, CSU é a nova integrante da carteira Barganhas, cotada a R$ 11,90.

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4 comentários:

  1. Parabéns pela análise André.

    A carteira esse ano pode valorizar muito bem!

    Abraços

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  2. André, quando é o momento que você decide vender as ações?
    Você possuía ações de uma companhia ligada ao agronegócio, cheguei a pesquisar os fundamentos dessa empresa, que não me recordo o nome, e vi que empresa tinha ido muito mal no ano passado. Creio que o seu investimento em CSU foi no lugar dessa outra empresa, entretanto não encontrei nada no seu site explicando o porquê da troca e talz.
    Poderia me explicar?

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