Na internet ou nos jornais, diariamente vemos investidores profissionais auxiliados por uma equipe de analistas e seus estudos complicados, e imaginamos ser impossível sobreviver numa competição desleal como essa.
Com todos os recursos disponíveis para as grandes instituições, é inútil competir contra eles, certo? Errado. A verdade é que as instituições financeiras estão limitadas por um conjunto de restrições criadas por elas mesmas.
Muitos investidores profissionais estão confortáveis dentro destas limitações. Outros estão cientes dessas restrições, entendem que podem ter desempenho melhor sem elas, mas colocam a estabilidade da carreira acima do seu desempenho. Por fim, há um terceiro grupo, muito menor, de pensadores independentes, corajosos o suficiente para se destacar da multidão, que usam essas amarras do mercado a seu favor.
1. Necessidade de apresentar
resultados de curto prazo
A restrição mais prejudicial enfrentada pelos gestores de fundos é o foco incansável no desempenho de curto prazo. Um gerente de fundo que está obcecado com um bom trimestre não tem liberdade para olhar além disso, ou para tomar decisões que são sensíveis num contexto de longo prazo. Muitos profissionais agem dessa forma por causa da intensa pressão sob a qual são constantemente submetidos; sentem-se amarrados por avaliações trimestrais do chefe imediato, e, principalmente, dos clientes. Em última análise, o resultado disto será a exaustão mental do gestor e um desempenho insatisfatório.
2. Necessidade de errar convencionalmente
3. Necessidade de estar sempre em atividade
Os investidores institucionais muitas vezes confundem trabalho com estar em atividade. No fundo, precisam mostrar que graças à sua gestão ativa foi possível bater o Ibovespa em um determinado período. Claro, ideias novas e interessantes são sempre desejáveis, mas ficar girando a carteira excessivamente muitas vezes só gera custos de transação e uma má compreensão de sua carteira.
4. Diversificação excessiva
Por incrível que pareça, quando se fala em otimização de carteira, a Teoria Moderna do Portfólio ainda reina nos grandes centros financeiros internacionais, e muitas instituições sentem a necessidade de ter um alto nível de diversificação para demonstrar aos clientes que gerenciam riscos. Isso muitas vezes leva a carteiras com mais de 30 ações. Há pouco benefício a partir deste grau de diversificação e, em minha opinião, ocasiona duas consequências negativas: retornos muito próximos do índice de referência do mercado (antes do desconto das taxas) e um gestor sem controle de todas as ideias do fundo.
Conclusão
A presença de grandes instituições na Bolsa, longe de ser encarada como uma ameaça, é uma oportunidade para ampliar os seus retornos. Os profissionais da Bolsa têm prazos para prestar contas a clientes ansiosos por resultados, não podem esperar uma ótima empresa ser precificada. Precisam descobrir ações que darão porrada rápida, com gastos e riscos associados elevados.
A presença de grandes instituições na Bolsa, longe de ser encarada como uma ameaça, é uma oportunidade para ampliar os seus retornos. Os profissionais da Bolsa têm prazos para prestar contas a clientes ansiosos por resultados, não podem esperar uma ótima empresa ser precificada. Precisam descobrir ações que darão porrada rápida, com gastos e riscos associados elevados.
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